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Nova tecnologia para remover fármacos das águas de consumo e residuais

today10 Outubro, 2016

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PORTO – Investigadores do Porto e de Aveiro estão a desenvolver uma tecnologia energeticamente eficiente, ecossustentável e de menor custo para remoção de fármacos de águas de consumo e residuais, disse à Lusa a coordenadora do projeto, Cristina Freire.

Com o “FOTOCATGRAF – Fotocatalisadores baseados em grafeno e semicondutores para um sistema de abastecimento de água sustentável e seguro: uma tecnologia avançada para a remoção de poluentes emergentes” pretende-se “assegurar um sistema de abastecimento de água seguro e sustentável”.

O projecto envolve 17 investigadores e docentes do REQUIMTE/LAQV – centro de investigação da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e do Instituto Superior de Engenharia do Porto (INESC-TEC) e do CICECO, da Universidade de Aveiro.

De acordo com a professora da FCUP, a tecnologia, baseada em fotocatalisadores de grafeno (uma forma cristalina do carbono) e nanomateriais semicondutores, serve para remover os poluentes emergentes de estações de tratamento de águas residuais dos municípios do Lis, na região do oeste-centro de Portugal.

“Atualmente tem vindo a aumentar o número de novos poluentes detetados nas águas de consumo e residuais, os quais as tecnologias existentes nas estações de tratamento ainda não conseguem remover, nomeadamente fármacos, hormonas e seus metabólitos”, indicou a investigadora.

Neste momento, a equipa está a realizar a monitorização de fármacos à entrada e à saída das estações de tratamento de águas residuais, com o intuito de determinar os poluentes mais persistentes e prejudiciais ao meio ambiente e a sua variação sazonal.

O projecto conta com a parceria da empresa Águas do Centro Litoral, S.A. (AdCL), do grupo Águas de Portugal, que vai possibilitar “a transferência e implementação da tecnologia desenvolvida em estações de tratamento de águas residuais das regiões norte e centro de Portugal”, e também de investigadores da Universidade do Texas, em Austin (EUA).

É financiado pelo Fundação para Ciência e Tecnologia (FCT) no âmbito do programa UT Austin/Portugal, na área das Tecnologias Emergentes.

Escrito por Redacção/LUSA

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