Produtos e tecnologias inovadoras para o “cluster” do calçado

Redacção
Evento “Step2Footure - Aposta digital”decorreu nas instalações do CTCP, em S. João da Madeira Manuel Correia

A inovação eficiente – geradora de valor – é um desígnio da indústria portuguesa de calçado, fortemente implantada no norte do distrito de Aveiro, defendeu o director-geral do Centro Tecnológico do Calçado de Portugal (CTCP), Joaquim Leandro de Melo.

É necessário associar o design, com as funcionalidades e o marketing dos produtos. E é isto que o ‘cluster’ tem feito e continua a fazer: conceber novas colecções, com moda e design, e apresentá-las nas principais feiras mundiais”, disse.

Segundo o responsável, o sector tem vindo igualmente a reforçar “os investimentos na melhoria da organização industrial e na optimização dos processos fabris, garantindo que Portugal continua a ser uma indústria de excelência de nível mundial”.

Joaquim Leandro de Melo falava à margem do evento “Step2Footure – Aposta digital”, que decorreu na passada 1quarta-feira nas instalações do CTCP, em S. João da Madeira.

Durante um dia, as novas áreas de investigação e desenvolvimento estiveram em plano de evidência, numa iniciativa enquadrada no projecto “Step2footure” (https://step2footure.ctcp.pt), que visa “a experimentação e promoção da utilização de tecnologias facilitadoras, tecnologias e materiais para fabricação aditiva, de sistemas de concepção e prototipagem de calçado customizado, de sistemas de produção ciber física e de soluções inteligentes para comercialização de calçado”.

De resto, o desenvolvimento de novos materiais e processos que permitam a produção de novos tipos de calçado com funcionalidades adequadas aos consumidores de hoje – muito sensíveis, aos produtos ecológicos, sustentáveis, biodegradáveis e de reduzida pegada carbono – tem sido uma das áreas-chave de investimento desta indústria.

Recorde-se que no âmbito do quadro comunitário de apoio Portugal 2020, este “cluster” já viu aprovados investimentos na ordem dos 94,4 milhões de euros. Até junho de 2018, estiveram envolvidas no programa 273 empresas de calçado, com um volume de vendas de 1100 milhões de euros.