“O Rei dos Belgas” vence festival de cinema de Avanca

Redacção
“O Rei dos Belgas”, dos realizadores Peter Brosens e Jessica Woodworth, arrebatou o Prémio Cinema para a Melhor Longa Metragem e o Prémio D. Quixote da FICC - Federação Internacional de CineclubesD. R.
“O Rei dos Belgas” é  o grande vencedor do “22º Encontros Internacionais de Cinema, Televisão, Vídeo e Multimédia – AVANCA 2018”, encerrando 10 dias de festival e cinco dias de competições, conferências e workshops internacionais e exposições, este festival atribuiu prémios a filmes e autores de 11 países.
“O Rei dos Belgas”, dos realizadores Peter Brosens e Jessica Woodworth, arrebatou o Prémio Cinema para a Melhor Longa Metragem e o Prémio D. Quixote da FICC – Federação Internacional de Cineclubes.
Tendo sido a primeira vez que esta federação internacional atribuiu prémios no “AVANCA”, também atribuiu uma Menção Especial ao filme esloveno “Ivan”.
Sobre o filme “O Rei dos Belgas”, o júri da FICC, constituído por Christl Grunwald Merz (Alemanha), Mokhlesur Rahman Talukdar (Bangladesh) e João Paulo Macedo (Portugal), disse que o filme “aponta contradições entre as boas intenções da fundação da União Europeia e também das Nações Unidas e as realidades vividas na Europa após a 2ª Guerra Mundial. Neste aspecto, a Guerra dos Balcãs e as transformações pós 1989 são claramente mencionadas de forma muito crítica”.
Esta é a terceira vez que o casal de origem belga e americana ganha o principal prémio neste festival internacional de cinema. A primeira vez foi em 2008 com “Khadak” (um filme rodado na Mongólia), e em 2010 com “Altiplano” (rodado no Peru).
Foram ainda distinguidas com Menções Especiais as longas–metragens “Marias da Sé”, de Filipe Martins (Portugal), “Ivan”, de Janez Burger (Eslovénia), e “A Floresta”, de Roman Zhigalov (Rússia).
O Prémio Melhor Atriz foi para Maruša Majer, que protagonizou “Ivan” e o Prémio Melhor Ator foi para Oleg Shibayev do filme  “A Floresta”.
O Prémio Curta Metragem foi para “Terra Amarela”, de Dinis M. Costa e a animação, “Playing House”, de Özgül Gürbüz, e Cenk Köksal  da Turquia, foi distinguida com o Prémio Melhor Animação.
O júri cinema foi constituído pelo jornalista Germano Campos e pelos cineastas Angelique Muller (Malta), Masoud Soheili (Irão), Simone Saibene (Itália, Espanha), Lolo Arziki (Cabo Verde) e José Carlos de Oliveira.
Entre as categorias mais esperadas esteve a “Competição Avanca”. Reunindo obras produzidas ou co-produzidas na região, foi distinguida a curta metragem “5 cigarrilhas”, de Passos Zamith, o documentário “Casa Amarela”, de Ana Luísa Lopes, e o Prémio Estreia Mundial foi para “Pretu Funguli”, de Costa Valente e Monica Musoni.
“Uma Vida Sublime” de Luís Diogo foi distinguido com o Prémio Melhor Longa Metragem, sendo já o 11º prémio que este filme recebe em 2018.
O júri foi constituído pelo cineasta Bernardo Cabral, pelo crítico de cinema Nuno Reis e pelos programadores Pedro Meireles e Judite Barros da Costa.
O documentário “Intraterrestrial. A Fleeting Contact”, de Alexander e Nicole Gratovsky (Espanha), venceu o Prémio Televisão.
A obra portuguesa “No Momento”, de Rui Martins, recebeu o Prémio Estreia Mundial Televisão.
“Cru”, de Carlos Ruiz, foi distinguida com uma Menção Honrosa.
O júri foi constituído pelo realizador Rui Nunes, o argumentista Henrique Vaz Duarte, os poetas António Souto e Manuel Freire, o ator Carlos Rico, o jornalista Fernando Pinho e os cineastas Manuel Matos Barbosa e Manuel Paula Dias.
O prémio vídeo foi atribuído a “Night Sea Journey”, de Sara Stäuble (Suiça). O júri deste prémio foi constituído pelos programadores e cineastas Ana Miranda, André Spencer, pela investigadora Cláudia Martins e pelo crítico Nuno Reis.
O Prémio Cineasta Júnior, para realizadores até 30 anos, foi atribuído a “Impessoal”, de Marianne Harlé, tendo ainda sido atribuída uma Menção Especial a “No Final da Linha”, de Rita Morais.
O júri destes prémios foi constituído pela jornalista Ana Teresa Silva, a artista plástica Cibele Saque, o crítico Nuno Reis e a arquitecta Cláudia Bordalo.
A competição “Trailer in Motion” distinguiu o trailer “Por Detrás da Moeda”, de Luís Moya (Portugal), e o videoclipe “La Más tierna”, de Alberto Martinez Arpa (Espanha). O júri, constituído pelo músico Sérgio Ferreira e pela cineclubista Fátima Cabral, atribuiu ainda uma Menção Especial ao trailer “Urban Sniper 2”, do português Gustavo de Luís.
Entretanto, na “AVANCA|CINEMA, Conferência Internacional Cinema – Arte, Tecnologia, Comunicação”, o Prémio Eng. Fernando Gonçalves Lavrador, em homenagem póstuma a um dos mais relevantes investigadores portugueses na área da semiótica, estética e teoria do cinema, distinguiu o investigador Jesús Ramé López da Universidad Rey Juan Carlos (Espanha) e atribuiu uma Menção Honrosa a Kristian Feigelson da Université de Paris (França).
O júri deste prémio foi constituído pelos académicos Alice Fátima Martins (Brasil), Alfonso Palazon (Espanha), Szilvia Ruszev (EUA) e os portugueses Adriano Rangel, Anabela Oliveira, José Ribeiro e José Marta.
No total, nove júris constituídos por 37 individualidades de 11 países atribuíram 17 prémios e 8 menções especiais.
O certame acontece todos os anos em Avanca e é uma organização do Cine-Clube de Avanca e do município de Estarreja com o apoio do ICA/Ministério da Cultura, Instituto Português do Desporto e da Juventude, Junta de Freguesia e Paróquia de Avanca, Agrupamento de Escolas de Estarreja, para além de várias organizações internacionais e entidades locais.