Entidade Reguladora para a Comunicação Social publica estudo sobre o modo como as crianças contactam com a internet

Redacção
Há cada vez mais crianças pequenas a usar a Internet diariamenteTVI24

No Dia da Internet Mais Segura 2018, iniciativa europeia que arranca esta terça-feira, a ERC – Entidade Reguladora para a Comunicação Social disponibiliza ao público, no seu sítio electrónico, o ebook “Boom Digital? Crianças (3-8 anos) e Ecrãs”.

O volume integra textos de especialistas e de profissionais nacionais e internacionais que reflectem, em relação à sociedade portuguesa e a estudos realizados noutros países europeus, sobre o modo como as crianças mais novas estão a crescer em contacto com a tecnologia digital, os usos que fazem dos ecrãs, as competências e literacias que vão adquirindo, as situações de dano que podem experimentar e os modos como as famílias intervêm nessa socialização digital.

Este estudo constitui mais um contributo no âmbito da terceira edição do projecto da ERC “Públicos e Consumos de Media”, desenvolvida em parceria com uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa coordenada pela professora Cristina Ponte.

Recordamos que se tratou de uma análise pioneira em Portugal sobre usos de meios electrónicos por crianças de 3 a 8 anos, baseada num inquérito nacional e na observação de 20 famílias com crianças que acedem à internet.

Para o Vice-Presidente da ERC, Mário Mesquita, “este estudo sobre os usos da televisão e das redes digitais pelas crianças, além de constituir um relevante contributo para as orientações da ERC, representa também uma proposta de reflexão que disponibilizamos às famílias e aos educadores. Registo a exigência e a qualidade da investigação elaborada por professores da FCSH da UNL, dirigidos pela Prof.ª Cristina Ponte, respondendo a solicitação da ERC”.

Cristina Ponte, responsável pela coordenação científica do estudo, salienta que “na televisão os pais têm a sensação que controlam. Nos outros meios digitais sentem uma fragilidade nas suas competências de observação e controlo. Daí a importância de as competências digitais (…) fazerem parte de uma agenda de formação e informação parental e das próprias crianças, capacitadora de saber lidar com riscos e de tirar partido das oportunidades”.